O episódio 91 do Papito Talks, com Kauan Quadros, revela uma conversa franca e detalhada sobre a vida e experiências de Kauan, incluindo sua origem, carreira e a polêmica envolvendo sua atuação como cover de Dona Hermínia, personagem famosa interpretada pelo ator Paulo Gustavo.
Com raízes humildes em uma pequena cidade do Rio Grande do Sul, Kauan compartilha sua jornada repleta de aspirações altruístas e como sua semelhança com o ator Paulo Gustavo o impulsionou para uma fama local inesperada, mas controversa.
A conversa abrange o sonho de Kauan de ajudar as pessoas e seu envolvimento precoce na política, uma arena que ele rapidamente abandonou devido à corrupção. O caminho de Kauan o levou a Balneário Camboriú, onde desenvolveu habilidades de liderança e comunicação na promoção de marketing, e inadvertidamente, sua carreira tomou um rumo inusitado devido à sua semelhança com Paulo Gustavo. A atuação espontânea como Dona Hermínia, personagem icônica de Gustavo, trouxe alegria para muitos, mas também desencadeou uma série de desafios legais e emocionais para Kauan.
O bate-papo também toca em pontos delicados, como o respeito pelo legado de outros artistas, as nuances do mundo dos covers e sósias, e a linha tênue entre homenagear e explorar comercialmente a obra de outro. Kauan fala com paixão sobre sua arte, a pressão financeira e emocional de uma cláusula de quebra de contrato exorbitante e a injustiça de enfrentar um processo por honrar alguém que ele admira.
O convidado detalha o impacto da ação legal que o forçou a parar de se apresentar como Dona Hermínia, uma decisão que descreve como dolorosa e desmotivadora. Ele relata um golpe sofrido por uma agência e os desafios de manter a autenticidade artística em meio a comparações inevitáveis. A discussão também abrange a estreia de sua peça “Eternizando”, onde apresentou seus próprios personagens e homenageou outros artistas de rua, enfatizando que não houve reutilização dos personagens de Gustavo.
Kauan explica a pressão psicológica enfrentada, a criação de novos personagens como formas de crítica social e a realidade dura da vida em Balneário Camboriú, refletindo sobre as consequências econômicas do aumento dos custos de vida. Além disso, ele fala sobre a reconstrução de sua presença nas redes sociais após a perda de sua principal plataforma, e como isso afetou profundamente sua capacidade de se sustentar financeiramente.