Policiais civis estão mobilizados na manhã desta quinta-feira em Camboriú, para a reconstituição do assassinato de Eneri Antônio Souza, 59 anos, que teria sido morto por engano no lugar do irmão, vereador do município, em 2008.
Equipes de investigação da Central de Polícia de Balneário Camboriú, e da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) em Florianópolis participam da reconstituição.
Dois suspeitos de participação no crime, já detidos, acompanham a reconstituição.
Eneri foi morto na mesma época em que vereadores da cidade foram vítimas de uma série de atentados. O irmão dele, vereador Imenésio Souza, havia denunciado o superfaturamento no valor da construção de uma ponte no município.
Ex-prefeito está foragido
A polícia investiga o envolvimento de pessoas da região no homicídio e na série de atentados contra vereadores, ocorridos entre 2005 e 2008.
Um dos suspeitos de participação no crime é o ex-prefeito do município, Edson Olegário, o Edinho (PSDB), que está foragido. Na noite de quarta, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva dele.
Edinho é o principal suspeito de ser o mandante do homicídio contra o vereador (que acabou com a morte do irmão dele) e dos atentados.
Os dois homens já presos temporariamente por participação no assassinato teriam confessado os crimes e a participação de Olegário, segundo o delegado Renato Hendges, da Deic.
Os supostos executores do assassinato encomendado estão presos na Deic, em Florianópolis. Outro homem está detido na Delegacia de Camboriú, seria segurança de Edinho enquanto ele era prefeito. Ele teria intermediado as negociações.
Prisões
Na segunda-feira, foram presos um cunhado do ex-prefeito e secretário de Obras na época. Ele teria participado da concepção dos atentados. De acordo com a investigação, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) teria motivado os ataques às casas e escritórios de vereadores da oposição.
A CPI investiga supostas irregulariedades cometidas na cidade na gestão de Edinho.
Em 2008, uma briga em um posto de combustíveis entre o prefeito e seus apoiadores com representantes da oposição teria motivado um assassinato. Na semana seguinte, dois homens foram de moto até a casa da mãe de um vereador e mataram, por engano, Eneri.
DIARIO.COM.BR