A polícia pediu na noite desta quarta-feira a prisão preventiva do ex-prefeito de Camboriú Edson Olegário (PSDB), o Edinho. Ele é o principal suspeito de ser o mandante do homicídio de um vereador e de uma série de atentados, cometidos na cidade entre 2005 e 2008.
De acordo com o delegado Renato Hendges, da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), a prisão preventiva auxilia a polícia na hora da prisão.
— Antes era prisão temporária, que significa cinco dias. Agora, quando for preso ou se apresentar, ficará por pelo menos 30 dias detido e assim a investigação será mais rápida. Duas pessoas estão presas temporariamente pelo homicídio e elas confessaram os crimes e a participação de Edson — explica o delegado.
Os suspeitos de serem os executores do assassinato estão presos na Deic em Florianópolis. Outro homem, detido na Delegacia de Camboriú, seria segurança de Edinho enquanto ele era prefeito e teria intermediado as negociações. A partir das 10h de quinta-feira, será realizada uma reconstituição do crime, comandada pela Deic.
Na última segunda-feira, a Deic prendeu um cunhado do ex-prefeito e secretário de Obras na época. O suspeito teria participado da concepção dos atentados. De acordo com a investigação policial, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) teria motivado os ataques às casas e escritórios de vereadores da oposição.
A CPI investiga supostas irregularidades cometidas no município na gestão de Edinho. Bandidos teriam atirado contra os escritórios e até invadido a casa de alguns vereadores.
Em 2008, uma briga em um posto de combustíveis entre o prefeito e seus apoiadores com representantes da oposição teria motivado um assassinato. Na semana seguinte à briga, dois homens foram de moto até a casa da mãe de um vereador e mataram, por engano, o irmão dele, um deficiente físico.
O equívoco teria ocorrido porque o vereador havia deixado sua caminhonete na casa da mãe.
— Não há dúvidas na participação destas pessoas, inclusive com o depoimento de quanto seria pago. Para matar o vereador, por exemplo, os executores receberiam R$ 5 mil, mas como erraram o alvo só receberam R$ 3 mil — relata Hendges.
Fonte: Diário Catarinense