O que deveria ser um momento tranquilo de apreciação da lua no deck do Pontal Norte, na noite de domingo, 30 de julho, se transformou em um episódio de violência e medo para Juh Scheffer, de 27 anos. Por volta das 19h30, enquanto desfrutava da vista deslumbrante, Juh foi surpreendida por um ato de violência, sendo atingida por uma pedrada no rosto que quebrou sua mandíbula.
A vítima relatou o ocorrido: “Entrou um cara fazendo arrastão, correndo atrás de umas gurias e tal, e eu e meu amigo esperamos o pessoal sair e fomos atrás pra sair do deck, nessa de ir atrás pra sair do deck, veio alguém, não sabe-se de onde, por trás e me deu uma pedrada e trincou minha mandíbula”.
A violência ocorreu em meio a um arrastão, quando um indivíduo começou a perseguir algumas pessoas no local. Juh e seu amigo, preocupados com a situação, decidiram esperar um momento mais seguro para sair do deck, mas acabaram sendo alvos de uma agressão brutal.
A equipe do Grupo de Busca e Salvamento (GBS) prestou os primeiros socorros à vítima enquanto uma ambulância dos bombeiros se deslocava até o local. De acordo com a ocorrência do Corpo de Bombeiros, no local, Juh estava sentada em uma mureta, em frente à Roda Gigante, consciente e orientada, mas referindo fortes dores no lado direito da mandíbula, com uma possível fratura no local. A vítima foi conduzida ao Pronto Atendimento das Nações com sinais vitais estáveis.
Contudo, a partir desse ponto, a situação se tornou confusa, pois enquanto o GBS afirmou que guardas municipais e a Polícia Militar auxiliaram nas buscas pelo agressor nas trilhas do deck, a Polícia Militar negou ter atendido a ocorrência. Entretanto, a Guarda Municipal informou o seguinte: “não tivemos nenhuma ocorrência gerada como arrastão. No domingo as 19h tivemos uma ocorrência de roubo no deck e ao chegar no local a PM já estava lá e demos apoio, mas o indivíduo não foi localizado e a PM deu continuidade no atendimento”.
Juh permaneceu em atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro das Nações, mas precisou ser transferida para o Hospital Municipal Ruth Cardoso devido a gravidade da lesão. Somente na terça-feira, 01, ela recebeu alta médica após passar por avaliação e tratamento.
Após o violento episódio, Juh busca por imagens que possam identificar e responsabilizar o criminoso. Ela expressou sua indignação ao afirmar que “sai do hospital agora e vi que a polícia não relatou nada”.
Diante dessa situação, Juh faz um alerta para que moradores e turistas tomem cuidado com os perigos do Pontal Norte durante a noite. Ela faz um apelo emocionado por mais segurança na região, buscando evitar que outros visitantes passem por situações semelhantes.
O episódio de violência vivenciado por Juh Scheffer trouxe à luz um problema já conhecido pelos moradores de longa data, porém desconhecido para turistas e recém-chegados à cidade: a questão do perigo no deck do Pontal Norte durante o período noturno. A região do deck do Pontal Norte é perigosa no horário noturno, onde vários homicídios, tentativas de homicídio e assaltos já ocorrem no local.
O deck do Pontal Norte, parece receber atenção da segurança pública somente quando casos de crimes ganham visibilidade pela imprensa. Um exemplo foi o trágico acontecimento em janeiro de 2023, quando um jornalista foi encontrado morto no local, desencadeando diversas operações da Polícia Militar e Guarda Municipal. O portão de entrada do deck chegou a ser fechado temporariamente até que o caso caísse no esquecimento.
A comunidade de Balneário Camboriú espera que as autoridades competentes se empenhem em esclarecer o ocorrido e garantir a segurança pública na região. O episódio é mais um alerta para a importância de um trabalho conjunto entre forças de segurança e comunidade, a fim de garantir um ambiente seguro para todos que desfrutam das belezas naturais e atrativos turísticos da cidade.