O caso de feminicídio que vitimou Mabel Laisi Orso, de 42 anos, teve desdobramentos surpreendentes antes dele se entregar à polícia. O assassinato a facadas, cometido pelo namorado de 24 anos, veio à tona na segunda-feira, 23, porém a vítima estava morta desde sábado, 21, e sua ausência no trabalho intrigou sua chefe.
Entretanto, os detalhes do crime que se revelaram no decorrer desta terça-feira, 24, mostram que o assassino utilizou o celular da vítima desde sábado, para se comunicar com a patroa de Mabel, se passando por ela, na tentativa de justificar a ausência da mulher no trabalho.
Segundo relatos da gerente da vítima, a colaboradora não compareceu ao trabalho no sábado. Diante desse comportamento incomum, a gerente decidiu entrar em contato com Mabel. No entanto, ela só recebeu uma resposta no final do expediente. O retorno veio do celular de Mabel, com a informação de que ela não estaria se sentindo bem e que retornaria ao trabalho apenas na segunda-feira.
Na segunda-feira, Mabel novamente não apareceu para trabalhar. Sua chefe tentou entrar em contato novamente e, desta vez, a suposta funcionária respondeu que precisou viajar com o marido e só retornaria à tarde.
Por volta das 21h do mesmo dia, o celular da empresa recebeu um áudio pertubador, enviado do celular de Mabel, mas com a voz de um homem. Era o namorado de Mabel, que revelou que a história que contou anteriormente era uma “mentirinha”. Ele afirmou que, na verdade, Mabel estava morta.
O homem também orientou a gerente a entrar em contato com a família da vítima para tratar de questões burocráticas da empresa. Explicou que, naquele momento, ele estava com sua própria família, aguardando a chegada da Polícia e do Instituto Médico Legal.
Por volta das 21h de segunda-feira, 23, após informações fornecidas por populares a Polícia Militar encontrou o corpo da vítima e deteve o autor do crime que foi encaminhado para a Delegacia de Policia Civil para os procedimentos cabíveis.
Segundo a Polícia Civil, o assassino confessou o crime e foi detido de forma preventiva. Um inquérito policial foi instaurado para investigar o caso. A Polícia Civil também esclareceu que Mabel não tinha registros anteriores de ocorrências e não havia solicitado medidas protetivas.
Suas colegas de trabalho, que a receberam na equipe recentemente em uma empresa do ramo pet, composta exclusivamente por mulheres, afirmaram que Mabel nunca demonstrou qualquer sinal de que estivesse em perigo. “Estamos muito assustadas, pois durante seu período na empresa, ela nunca demonstrou qualquer problema pessoal”.
MANDOU ÁUDIO PARA MAIS PESSOAS
Também chegou ao Click Camboriú a informação de que o assassino enviou mensagens para mais contatos da vítima. Uma amiga relatou que ele enviou um áudio pedindo perdão por ter tirado a vida de Mabel e logo em seguida se entrou à polícia. A amiga diz estar em choque com o ocorrido.