Entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, a Delegacia de Polícia Civil de Itapema, Santa Catarina, observou um aumento significativo no número de fraudes financeiras, totalizando 202 casos relacionados ao uso indevido do sistema pix. Este método de pagamento instantâneo, que permite transferências e pagamentos sem taxas adicionais, tem sido o veículo para uma variedade de golpes, demandando dos usuários uma cautela redobrada.
Os criminosos, explorando a agilidade do pix, desenvolveram métodos cada vez mais sofisticados para enganar suas vítimas. Segundo o Delegado Aden Claus, a maioria dessas fraudes visa a obtenção ilícita de dados pessoais, possibilitando o acesso não autorizado a contas bancárias e a realização de transações fraudulentas. Os métodos empregados variam desde páginas web falsificadas, que capturam informações confidenciais, até estratégias que incluem boletos adulterados, onde o pagamento destinado a um recebedor legítimo é desviado para os estelionatários.
Um aspecto crítico destacado pelo Delegado Claus é a manipulação de comprovantes de transferências via pix. Em certos golpes, os criminosos simulam um pagamento imediato por um produto ou serviço, quando na realidade a transferência é agendada para uma data futura, e o comprovante modificado para ocultar esse detalhe é enviado à vítima. Essa prática resulta em prejuízos para quem vende produtos ou presta serviços, acreditando ter recebido o pagamento.
Para combater essas fraudes, a Polícia Civil enfatiza a importância de adotar medidas preventivas simples, porém eficazes. Entre elas, verificar a autenticidade dos remetentes de e-mails, evitar o acesso a links suspeitos recebidos por redes sociais ou mensagens de texto e realizar o cadastro de chaves pix exclusivamente por meio de canais oficiais das instituições financeiras. Além disso, a conscientização sobre a não compartilhação de códigos de verificação e o cuidado com procedimentos de cadastro de pix por telefone ou mensagens são essenciais para minimizar os riscos.