Balneário Camboriú foi cenário de um tumulto no domingo, 30 de junho, quando Emanuel Claudino, conhecido como Português, e sua esposa Adriana Fronza da Silva, proprietários do Clube de Caça e Tiro de Camboriú (CCTC), foram detidos pela Polícia Militar após um violento confronto. O empresário é acusado de aplicar golpes milionários na região.
O incidente começou no restaurante Distretto, na Praia dos Amores, onde uma das vítimas dos golpes de Claudino o confrontou, exigindo a devolução de valores pagos por armas nunca entregues. A discussão rapidamente esquentou, culminando com Claudino agredindo a vítima, mordendo o supercílio do homem e arrancando parte do tecido.
Adriana então sacou uma arma da bolsa e tentou disparar contra a vítima, no restaurante lotado, que incluía várias famílias com crianças, mas o homem conseguiu desviar os tiros.
Um policial que almoçava no local conseguiu intervir e desarmar Adriana, impedindo que a situação se agravasse. Emanuel Claudino foi levado ao Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, para tratar dos ferimentos resultantes da briga, enquanto Adriana foi encaminhada diretamente à delegacia.
Além da prisão do casal, a Polícia Civil de Itajaí informou que Claudino enfrenta acusações de estelionato e porte ilegal de arma de fogo. O Clube de Caça e Tiro de Camboriú, que pertence ao casal, está fechado desde setembro de 2023, quando uma operação policial apreendeu mais de 210 armas no local.
Segundo relatos, Claudino é conhecido por vender armas e pacotes de filiação ao clube de tiro com descontos atrativos, mas muitas das armas nunca foram entregues aos compradores. A estimativa é que o prejuízo causado por seus golpes ultrapasse R$ 12 milhões.
O esquema de Claudino envolvia a venda de armas com números de série duplicados e a oferta de pacotes de filiação de longo prazo ao clube, que nunca eram cumpridos.
As ações do casal deixaram um rastro de revolta e desespero entre as vítimas, que continuam a buscar justiça e a recuperação dos valores perdidos.