Desde a última semana, equipes de resgate vêm se dedicando à busca de Bruno Rogério Corrêa, de 29 anos, que desapareceu após tentar escalar o Morro do Jurapê, em Joinville. Bruno, natural de Itajaí, partiu de bicicleta na manhã de 7 de novembro com a intenção de alcançar o cume da montanha, um local conhecido por suas trilhas desafiadoras e altitudes elevadas.
A viagem, que começou de forma planejada, enfrentou um contratempo quando Bruno chegou a Joinville e o pneu de sua bicicleta furou. Determinado a seguir em frente, ele deixou a bicicleta na cidade e continuou a pé em direção ao morro. Por volta do meio-dia, após alcançar o topo, Bruno fez contato com um familiar informando que estava perdido e não conseguia encontrar o caminho de volta. A situação se tornou mais preocupante quando ele relatou ter se machucado após uma queda e mencionou que a bateria de seu celular estava prestes a acabar.
Em um último esforço para buscar ajuda, Bruno entrou em contato com os Bombeiros Voluntários de Joinville e com o Grupo de Resgate em Montanhas (GRM). Durante a chamada telefônica, um integrante do GRM orientou Bruno a permanecer no local e a desligar o celular para economizar bateria, combinando que ele tentasse uma nova ligação mais tarde. Bruno enviou sua localização fixa por WhatsApp, mas, momentos depois, o contato foi interrompido. Ao chegarem ao ponto indicado, os socorristas não encontraram o montanhista.
Primeiros Dias de Busca e Obstáculos
A operação de resgate, que se intensificou a partir do dia 11 de novembro, contou com equipes experientes em resgate montanhoso e apoio do Batalhão de Operações Aéreas. Binômios compostos pelo Sgt Küll com o cão Nick e pelo Cb Amorim com a cão Moana foram transportados ao cume para iniciar a varredura em um raio de 100 metros ao redor da última localização conhecida. No entanto, o terreno acidentado, com desníveis bruscos e pirambeiras de até 600 metros de altura, representou um grande desafio. A equipe prosseguiu até o fim do dia sem indícios da presença de Bruno.
Novos Indícios e Esperanças
Na manhã do dia 13 de novembro, as buscas foram reforçadas com a ajuda do helicóptero Águia da Polícia Militar de Santa Catarina e de drones equipados com câmeras térmicas. Durante um sobrevoo, a equipe de bombeiros militares localizou objetos que possivelmente pertencem a Bruno, incluindo uma barraca e uma mochila. Essa descoberta trouxe um novo fôlego às operações, com a concentração das buscas sendo redirecionada para a região onde os itens foram encontrados.
Diante dessa nova pista, as equipes intensificaram as varreduras, utilizando novamente os binômios para explorar áreas adjacentes e garantindo que todo o perímetro fosse revisitado. O uso de drones com tecnologia de detecção de calor proporcionou uma nova dimensão às buscas, ajudando a mapear locais de difícil acesso e possibilitando a identificação de potenciais sinais de vida.
As operações de busca, que agora incluem a possibilidade de exploração por rapel, enfrentam o desafio do terreno escarpado e da densa vegetação.