O já conturbado ambiente do Edifício Alexandria, em Balneário Camboriú, foi palco de um grave incidente na manhã desta sexta-feira (27). Guilherme Franklyn Bozz de Moraes, morador do condomínio, registrou um boletim de ocorrência alegando ter sido agredido fisicamente pelo zelador a mando do síndico. O episódio seria um desdobramento das disputas judiciais e administrativas que os dois acumulam desde 2020.
Histórico de Conflitos
O episódio de agressão não é um caso isolado no condomínio, que já foi cenário de diversos desentendimentos entre o síndico G.O.B. e Guilherme. Desde 2020, os dois acumulam disputas judiciais e administrativas marcadas por acusações de perseguição, injúria e desrespeito às normas condominiais.
Em fevereiro deste ano, Guilherme e sua mãe registraram um boletim de ocorrência contra o síndico, alegando perseguição e atitudes hostis. A Promotoria, no entanto, arquivou o caso, argumentando que as ações do síndico eram justificadas por seu papel de administração condominial e que não havia elementos suficientes para configurar o crime de perseguição.
Em paralelo, G.O.B. ajuizou uma ação indenizatória contra Guilherme, alegando ofensas à sua honra e dignidade profissional, proferidas diante do zelador.
Decisão Judicial e Sentença
No processo de danos morais movido por G.O.B., a Justiça entendeu que as ofensas proferidas por Guilherme extrapolaram os limites do mero aborrecimento. Durante audiência, o zelador L.M.R. testemunhou que Guilherme chamou G.O.B. de “f.d.p.” e insinuou que ele lucrava com as multas aplicadas no condomínio.
A sentença fixou indenização no valor de R$ 3.000,00, considerando as ofensas como injúria e a necessidade de caráter pedagógico na punição.
Apesar da decisão favorável, o processo de cumprimento de sentença iniciado por G.O.B. foi extinto sem resolução do mérito devido à inércia do autor. A Justiça concluiu que G.O.B. abandonou o andamento do caso, resultando no arquivamento definitivo.
Relato da Agressão
No boletim de ocorrência registrado nesta sexta-feira, Guilherme detalhou que o ataque foi orquestrado por G.O.B. como uma retaliação a um processo judicial em andamento. Ele afirma que L.M.E., zelador do condomínio, o agrediu a mando de G.O.B.
Guilherme não forneceu detalhes sobre a dinâmica do ataque ou eventuais testemunhas do incidente.