O empresário Bernardo da Silva Chagas, de 39 anos, natural de Belo Horizonte (MG), está desaparecido desde a manhã de 7 de abril, durante viagem de férias em Balneário Camboriú. Ele estava hospedado em um hotel na região do Pontal Norte desde o dia 1º, acompanhado da irmã, do cunhado e do sobrinho, mas ocupava um quarto sozinho.
Segundo registros oficiais, Bernardo deixou o hotel por volta das 8h da manhã de segunda-feira, sem documentos, celular ou cartões, e foi em direção à orla da Praia Central. Ele foi avistado pela equipe de guarda-vidas do Posto 1 apresentando sinais de confusão mental, afirmando que os prédios iriam cair. Após caminhar pela faixa de areia, chegou a entrar no mar na altura do Rio Marambaia e saiu minutos depois, sendo acompanhado até as imediações do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS).
No local, recusou qualquer tipo de abordagem, demonstrando estar em surto psicótico. Ele se afastou rapidamente e subiu a Estrada da Rainha, onde foi visto pela última vez, próximo à região de mata localizada ao lado do deque do Pontal Norte e da roda-gigante. Câmeras de monitoramento acompanharam parte do deslocamento, mas o contato visual foi perdido pouco tempo depois. Guardas municipais e Polícia Militar chegaram a ser acionados, sem sucesso na localização.
No dia seguinte, a família registrou boletim de ocorrência e comunicou o desaparecimento à Polícia Civil. Segundo relatos, Bernardo chegou a ser conduzido ao hospital naquele mesmo dia, mas teria recusado atendimento médico e deixado o local.
Diante da situação, o Corpo de Bombeiros de Balneário Camboriú iniciou buscas terrestres nas trilhas do Morro do Careca e áreas adjacentes, mesmo sem vestígios concretos de que ele tivesse entrado na mata. A operação foi intensificada ao longo da semana com o uso de binômio (bombeiro militar e cão farejador), além da atuação de equipes especializadas em trilhas e salvamento.
As buscas duraram oito dias, entre 7 e 15 de abril, e percorreram toda a área do Pontal Norte, Morro da Rainha, Praia do Buraco, Prainha e trilhas da região. No entanto, nenhum vestígio foi encontrado. As buscas foram oficialmente suspensas no final da tarde do dia 15, mas poderão ser retomadas caso surjam novas informações relevantes. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.
Bernardo é descrito por familiares como uma pessoa tranquila, sem histórico de distúrbios ou desaparecimentos anteriores. Ele mora sozinho em Belo Horizonte e deveria ter retornado à capital mineira no dia 8 de abril. Até o momento, não houve qualquer sinal de seu paradeiro. Seu nome foi inserido no portal de desaparecidos da Polícia Civil de Santa Catarina.