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Leonel Pavan pode assumir o governo de Santa Catarina em janeiro

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Com a entrega de sua defesa à Justiça, o vice-governador Leonel Pavan (PSDB) voltou a considerar a hipótese de assumir o governo ainda neste mês. De acordo com ele, nada impede sua posse, que deve ser definida a partir de uma conversa com o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB).

Por um acordo fechado com Luiz Henrique, Pavan assumiria o governo no último dia 5, mas com a denúncia do Ministério Público referente à Operação Transparência, o tucano preferiu se dedicar à sua defesa.

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A decisão de Pavan ganhou força com a visita do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), que esteve nesta terça-feira em Florianópolis para expressar seu apoio ao colega catarinense. Para o senador, não existem razões para que Pavan não assuma o governo.

— O vice-governador não cometeu crime e não há motivos para não assumir o governo. É compreensível que, frente a uma situação como esta, principalmente quando se é inocente, que a pessoa se abale no início e prefira se recolher para se defender. Mas agora estamos em um segundo momento, em que é preciso que o vice-governador parta para a ofensiva e assuma o seu papel. Se for para assumir o Estado, tem que assumir.

Segundo Leonel Pavan, o fato de as lideranças nacionais e estaduais defenderem que ele assuma o governo vem pesando em sua decisão. Ele afirma que desde o início ficou acertado que ele não assumiria no dia 5 para se dedicar à sua defesa.

O vice-governador alega que precisava conhecer os detalhes da denúncia antes de tomar qualquer decisão. Por diversas vezes, o governador Luiz Henrique manifestou que cabe a Pavan decidir sobre a posse.

— Vou marcar uma reunião no final de semana com o partido e pretendo conversar com o governador ainda nesta semana. Sou vice-governador, nada me impede de tomar posse. Quanto à data, não posso antecipar nada, pois a decisão final será tomada entre mim e Luiz Henrique.

O vice-governador afirma que a posse do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador João Eduardo Souza Varella, como governador interino está mantida.

Pavan deve embarcar no dia 19 para o Marrocos, e Luiz Henrique viaja no dia 22 para a Itália. De acordo com o tucano, sua viagem estava agendada desde novembro, quando também ficou combinado que Varella cumpriria a interinidade, como uma forma de homenagear o Judiciário. Desta forma, é possível que a posse de Pavan como governador ocorra após ele voltar de viagem.

Apoio dos dirigentes tucanos

O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, chegou a Florianópolis por volta das 10h e seguiu para a residência oficial do vice-governador. No local, conversou com Pavan e depois se reuniu com lideranças locais.

O senador afirmou que o PSDB está preocupado com a situação em Santa Catarina, que atribuiu como parte de uma ação nacional para “provar que o partido não está preparado para governar o Brasil”. Ele contou que vem trocando telefonemas com Pavan desde o primeiro dia e que pediu para que o vice-presidente executivo do PSDB nacional, Eduardo Jorge, viesse a Santa Catarina para se inteirar dos fatos.

O ex-ministro esteve no Estado no mês passado, prestando apoio e conversando com as lideranças. Guerra refutou a análise de que a sigla nacional demorou para expressar apoio a Pavan.

— A gente tem que vir na hora certa. Quando surgiram as denúncias, conversei com o ex-senador Jorge Bornhausen e outros companheiros. Vim agora porque a defesa está pronta e era importante conhecer os argumentos. Li a defesa e considero convincente.

Para Sérgio Guerra, não há alterações nos planos do partido no Estado — manutenção da tríplice aliança (PMDB/PSDB/DEM) e escolha do candidato que estiver em melhores condições para as eleições.

O senador negou que esteja preocupado com algum prejuízo ao palanque do candidato do PSDB à Presidência, o governador de São Paulo, José Serra.

— Não são os palanques que resolvem, são discursos e aliados fortes, como os que temos aqui em Santa Catarina, o PMDB e o DEM.

Natália Viana | natalia.viana@diario.com.br

Fonte: Diário Catarinense

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