Quais as estratégias de Itajaí para enfrentar uma nova enchente? Este é um assunto que será debatido nesta semana na Câmara de Vereadores. Os questionamentos sobre o preparo do município para enfrentar os impactos das chuvas é da vereadora Anna Carolina Martins (PRB). O motivo é a previsão de precipitação acima da média nos próximos três meses, por conta do fenômeno El Niño que, segundo meteorologistas, é o mais forte dos últimos 20 anos. “Ainda não há alerta de enchente, mas diante de tudo o que já vivemos em Itajaí, é importante se atentar aos detalhes e estarmos preparados, sempre”, explica Anna.
O município, que fica na foz de um dos principais rios catarinense e, historicamente, é afetado pelas águas, já foi pego de surpresa. Em 2008, com uma defesa civil completamente despreparada e inoperante, os moradores não foram sequer alertados do que estava prestes a acontecer.
90% da cidade acabou submersa e maioria das famílias perdeu tudo o que tinha. Naquele ano não havia nada previamente montado e a administração municipal não tinha nem mesmo dados de outras cheias para um comparativo, um estudo aprofundado que pudesse auxiliar na prevenção. Três anos depois, as chuvas voltaram a causar estragos. Desta vez a cidade já estava mais preparada, ainda assim, faltaram abrigos e até mesmo organização para atender os desalojados.
No requerimento Anna questiona, por exemplo, a quantidade e os locais onde ficam os abrigos provisórios, se há capacidade para atender uma demanda semelhante à de 2008, quais os projetos elaborados especificamente para os bairros Santa Regina, Portal e Murta e também qual o número de famílias que vivem em área de risco, entre outras indagações.
“Sabemos que a situação já melhorou, ainda assim, é necessário debater o tema, porque precisamos estar cada vez mais preparados”, afirma a vereadora. Além do requerimento que questiona as ações do município, Anna tem apresentado ao longo do ano propostas para minimizar os impactos de grandes volumes de chuva.
Recentemente solicitou a intensificação da limpeza das bocas de lobo nos locais mais afetados pelas cheias. Outro pedido que, segundo moradores, não foi atendido pela prefeitura, é a limpeza e desassoreamento do Ribeirão Schneider no bairro Fazenda. “Ali existem muitas casas próximas ao ribeirão, ainda assim a prefeitura não faz a limpeza periódica e os moradores sofrem com enchurradas”, explica.