
O vereador Thiago Morastoni (PT) teve aprovado, por unanimidade, requerimento solicitando informações detalhadas do custo mensal dos famosos banheiros públicos milionários de Itajaí, que a Prefeitura construiu na Praia da Atalaia, Praça Genésio Miranda Lins e Rua Hercílio Luz. O motivo da solicitação foi recente matéria veiculada na imprensa, comunicando que o município gasta mensalmente cerca de R$ 75.000,00 com os três lavabos, que custaram quase meio milhão de reais aos cofres públicos para virar realidade.
No Requerimento 481/2015, o parlamentar solicita que a administração de Itajaí encaminhe documentação esclarecendo os valores gastos com os três banheiros, com planilha de custos detalhada, mostrando item a item, seus respectivos valores e suas necessidades para a manutenção dos espaços.
“Não quero acreditar que três banheiros possam custar R$ 75 mil aos cofres públicos. São cerca de R$ 25 mil ao mês para manter cada um. Este dinheiro, pago por todos os itajaienses, é muito mais do que a grande maioria da população ganha por mês, alguns até por ano, para manter uma residência, não só um banheiro”, destaca o vereador.
Thiago Morastoni acredita que essa conta de manutenção dos sanitários, hoje extremamente cara, deveria ser paga pelas pessoas que realmente os utilizam, e não por todos, especialmente neste momento de caos financeiro e de escândalos de corrupção que ocorrem em Itajaí. “Vivemos um período de dificuldades econômicas, queda de arrecadação, escândalos de corrupção e prisões, e o município deve dar o exemplo. Não é possível desembolsar tanto dinheiro para a manutenção de três banheiros públicos”, ressalta.
Em 2013, Thiago Morastoni esteve nos locais das construções e verificou que o custo total dos três banheiros era de R$ 472.381,27. O alto valor das obras chamou a atenção de várias pessoas, que procuraram o vereador, indignadas com o fato. Cada um dos banheiros custou quase R$ 160 mil ao município, valor aproximado de um imóvel popular, sendo que não havia nem mesmo despesa com terrenos. Para piorar, a execução da obra assinada em julho de 2013, com previsão de término em 90 dias, só foi concluída cerca de um ano mais tarde.