Na quinta-feira, 14.fev.2019, o Vereador John Lenon Teodoro esteve em Florianópolis protocolando ofício junto ao presidente do Tribunal de Contas de Santa Catarina – TCE-SC, Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, solicitando a possibilidade da elaboração, por parte do TCE, de um parecer técnico sobre a fusão das cidades de Camboriú e Balneário Camboriú. As cidades foram uma só até o ano de 1964, quando houve a emancipação do Balneário. O pedido deve ser analisado pelo Tribunal, que tem levantando uma série de questionamentos sobre a saúde financeira dos municípios catarinenses, juntamente com outras instituições como OAB/SC.
“Nossa intenção é debater tecnicamente sobre uma possível fusão entre as duas cidades, para garantir o desenvolvimento econômico, ambiental e social como um todo e não de uma em detrimento da outra, pois se Balneário Camboriú hoje tem o segundo melhor IDH de Santa Catarina, é porque a mão de obra vem de Camboriú, que fica com todo o passivo social. Quando ocorreu a emancipação, creio que os políticos da época não imaginaram que a divisão poderia acarretar tamanha diferença, por isso acho válido estudar e debater essa possibilidade, primeiro de forma técnica, depois com a população das duas cidades”, declara John Lenon
Camboriú, a cidade-mãe, possui aproximadamente 80 mil habitantes, com uma área de 213 km² e um orçamento municipal de R$ 193 milhões. O município carece de infraestrutura suficiente para uma demanda crescente de serviços públicos básicos e amarga a última posição no Índice de Desenvolvimento Humano – IDH da região da AMFRI. Já Balneário Camboriú, com orçamento de aproximadamente R$ 1 Bilhão e que sempre figura no topo dos Rankings de desenvolvimento, tem área de apenas 47 km² para quase 140 mil habitantes, e por isso sofre com a limitação territorial e é extremamente dependente da cidade vizinha, desde a mão de obra até os recursos hídricos
Para o vereador John Lenon Teodoro, sob a ótica da justiça social o debate sobre a fusão é eminente e vale estudar a possibilidade. “Não é possível planejar uma cidade sem pensar na outra, temas como: geração de emprego e renda, turismo, mobilidade urbana, habitação, água, saneamento básico e segurança pública estão correlacionados no dia-a-dia dos gestores municipais e da própria população. A unificação pode significar um avanço para as duas cidades, se tornando uma só como de fato já é no dia-a-dia das pessoas”, concluiu o vereador camboriuense.