O fim de semana e o início da próxima semana serão decisivos para as últimas definições eleitorais.
O Progressistas já decidiu que irá de chapa pura. André Meirinho terá como vice Eliane Colla, após ensaiar uma dobradinha com Lucas Gotardo, do Novo. Mas nenhum dos dois abriu mão de ser cabeça de chapa e, por fim, cada um resolveu lançar sua própria candidatura.
A incapacidade de ambos os lados de ceder espaço para uma união mostra um lado positivo: a manutenção de princípios e a recusa de fazer concessões apenas para vencer. No entanto, essa decisão também pode ser vista como uma falha estratégica, já que a fragmentação de candidaturas pode diluir votos e enfraquecer suas chances.
O Novo segue o mesmo caminho do Progressitas e oficializará uma chapa puro-sangue, reforçando sua imagem de partido que se distancia das velhas práticas políticas de conchavos e acordos espúrios. Esse posicionamento pode atrair eleitores cansados da política tradicional, mas também corre o risco de parecer isolacionista. O vice de Gotardo foi anunciando um dia antes da convenção, nesta sexta-feira, com a presença do governador de Minas Gerais Romeu Zema e dos deputados federais Gilson Marques e Marcel Van Hattem. Trata-se do advogado Guilherme Hildebrandt.
Quem também já decidiu foi o Democrata Cristão. Além de retirar sua candidatura, decidiu virar chacota dessas eleições, autoproclamando-se a “verdadeira direita”, mas aliando-se a uma coligação que inclui até o PDT, apoiando uma candidatura que não defende as liberdades que a direita – a autêntica – costuma defender, como a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa.
O PSD de Balneário Camboriú, liderado pela Juliana Pavan, tem realizado reiterados ataques coordenados à imprensa, simplesmente por exercer sua prerrogativa de liberdade, além de até ter judicializado uma tentativa de cerceamento da liberdade de expressão contra o autor de um meme. Sem êxito. O pedido foi adequadamente indeferido pela justiça.
Quem deixará para oficializar sua decisão nos 45 minutos do segundo tempo é o PL, que anunciará o vice de Peeter Grando na convenção que será realizada na segunda-feira. O nome do vice está guardado a sete chaves. Ninguém sabe. Peeter garantiu que não será o arquiteto Herasmo Furtado Junior, do PSDB, mas não quis revelar quem será. Há quem pense que será Renan Bolsonaro. A especulação é interessante, mas improvável, dado seu papel como puxador de votos para o legislativo.
Há a possibilidade de Gelson Rodrigues, do Cidadania, assumir essa posição. Um dono de bar e um pastor dividindo a mesma chapa para agradar boêmios e fiéis. A federação PSDB e Cidadania realizará a convenção no domingo, enquanto o União Brasil fará no mesmo horário da convenção do PL, ocasião em que finalmente o martelo será batido. Todas as apostas estão direcionadas ao apoio à chapa de Juliana Pavan.
Ainda não se sabe sobre o destino de Claudir Maciel, do PSB, que é apontado como possível vice da petista Marisa Zanoni. O PSB e a Federação Brasil da Esperança, que inclui o PV e o PCdoB, realizarão suas convenções neste sábado.
A falta de clareza e as decisões de última hora podem gerar uma percepção de falta de planejamento e de compromisso com uma agenda clara. O eleitor, nesse cenário, é desafiado a discernir entre o discurso e a prática, entre a promessa de mudança e a realidade das ações dos candidatos.
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