Na noite do último sábado (17), um episódio envolvendo membros das campanhas eleitorais de Balneário Camboriú gerou uma troca de acusações públicas entre o ex-prefeito Leonel Pavan e o atual prefeito, Fabrício Oliveira. O incidente ocorreu durante uma reunião de campanha no Bairro da Barra, onde apoiadores de diferentes candidatos se encontraram, resultando em um conflito que rapidamente tomou as redes sociais.
Em nota à imprensa, Leonel Pavan, que é pai da candidata a prefeita Juliana Pavan, manifestou sua indignação com o que chamou de “armação política” liderada pelo grupo de Fabrício Oliveira. Segundo Pavan, uma integrante da equipe de campanha de Peeter Lee Grando teria tentado criar tumulto na reunião com o objetivo de gerar conteúdo negativo para as redes sociais. Pavan acusou a colaboradora, que já possuiu vínculo funcional com a Prefeitura e recentemente nomeada para a Executiva de um partido, de agir sem ética e com intenções de manipular os fatos.
“A jovem que causou toda a confusão, certamente orientada a não ter um pingo de ética e equilíbrio, é funcionária da Prefeitura, colaboradora da campanha da continuidade e recentemente foi indicada por Fabrício de Oliveira para a Executiva de partido político em Balneário Camboriú”, afirmou Pavan em sua nota.
Por outro lado, a campanha de Peeter Lee Grando respondeu negando qualquer envolvimento orquestrado no episódio. Em sua própria nota, a equipe de Grando destacou que a mulher vista nos vídeos que circularam nas redes sociais agiu de maneira espontânea, manifestando um trauma de infância relacionado à prisão de seu pai durante a década de 1990, época em que Pavan era prefeito e encerrou as atividades de extração de pedras na região sul da cidade. A campanha de Grando reiterou que o evento nada tinha a ver com a campanha eleitoral e que a manifestação foi uma reação pessoal da mulher envolvida.
Por fim, Fabrício Oliveira, prefeito de Balneário Camboriú, emitiu uma nota respondendo diretamente às acusações de Pavan. Oliveira rejeitou as alegações de armação política e defendeu a veracidade dos traumas expressados pela mulher. “Usar a verdade dessas pessoas, suas angústias de uma vida toda, e o sentimento de injustiça pelo que seus pais e mães sofreram, tratando isso como algo de verniz político, é COVARDE”, declarou Oliveira.
O incidente não só reavivou tensões entre os grupos políticos de Balneário Camboriú como também trouxe à tona memórias dolorosas para alguns moradores da cidade. As trocas de acusações entre Pavan e Oliveira evidenciam as intensas disputas políticas que caracterizam o atual cenário eleitoral da cidade, faltando pouco tempo para as eleições municipais.