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Evento de João Rodrigues em Chapecó evidencia isolamento político dentro do PSD

Pré-candidatura de João Rodrigues enfrenta resistência e baixa adesão em ato do PSD

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O evento realizado neste sábado (22), no pavilhão da Efapi, em Chapecó, que marcou o pré-lançamento da candidatura do prefeito João Rodrigues (PSD) ao governo de Santa Catarina, foi marcado por notável esvaziamento político e críticas nos bastidores. Apesar da mobilização que vinha sendo articulada há meses por aliados, a cerimônia não contou com o respaldo esperado das lideranças da própria sigla, tampouco da base política estadual.

Entre os principais ausentes estavam figuras históricas do PSD, como os ex-governadores Raimundo Colombo e Leonel Pavan — este último atualmente prefeito de Camboriú —, além do prefeito da capital, Topázio Neto, considerado o mais votado do partido nas eleições municipais de 2020. As ausências levantaram especulações sobre a fragilidade do projeto de Rodrigues e a possibilidade de que lideranças do partido estejam aguardando a configuração de cenários mais consistentes para 2026.

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Representantes do MDB também foram escassos. Estiveram presentes figuras consideradas fora do núcleo de decisão da legenda, como Ada Faraco De Luca e Eduardo Pinho Moreira. Segundo interlocutores, o atual comando da sigla — nas mãos de Carlos Chiodini, Antídio Lunelli, Mauro de Nadal e Valdir Cobalchini — já teria alinhado apoio à reeleição do governador Jorginho Mello (PL).

Entre os prefeitos, principal base de sustentação do PSD no interior do estado, a adesão também foi abaixo do esperado. Lideranças de cidades estratégicas, como Joinville, Blumenau, Itajaí, Lages e Florianópolis, não compareceram nem enviaram representantes, reforçando o diagnóstico de isolamento da candidatura.

Além do esvaziamento, o evento foi alvo de críticas por exibir, no painel do palco, imagens de figuras públicas que não endossam a pré-candidatura de João Rodrigues, como o presidente do PL, Jair Bolsonaro e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO). A estratégia foi considerada equivocada, pelo uso indevido da imagem de líderes de outros partidos, sem alinhamento oficial com sua campanha.

A leitura nos bastidores é que Rodrigues enfrenta resistências não apenas dentro do PSD, mas também no campo conservador, que, em grande parte, já demonstra fidelidade à candidatura de reeleição de Jorginho Mello. A pré-candidatura de João Rodrigues, portanto, inicia seu percurso em meio a dúvidas, críticas e um ambiente político fragmentado, o que pode comprometer sua viabilidade até o início oficial da corrida eleitoral de 2026.

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