• O portal de notícias de Balneário Camboriú

Prefeitura justifica exoneração de Kauan Quadros; ex-servidor rebate e acusa perseguição

Acusado de insubordinação, Kauan diz ser vítima de trama interna liderada por chefe da Casa Civil

PUBLICIDADE

Após os relatos de exonerações sucessivas e suposta perseguição política feitos por Kauan Quadros Serafim, a Prefeitura de Balneário Camboriú emitiu uma nota oficial esclarecendo os motivos da saída do suplente de vereador e artista de rua do quadro de cargos comissionados do município. A resposta da administração gerou uma nova rodada de manifestações por parte de Kauan, que refutou os argumentos da gestão e intensificou as críticas contra integrantes do alto escalão do governo.

De acordo com a nota, Kauan foi exonerado “após uma série de condutas inadequadas registradas ao longo de sua passagem por três secretarias”. O texto aponta que, na Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família, foi instaurado um processo administrativo disciplinar (ainda em andamento) por desacato a uma servidora, além de relatos de desrespeito à diretora de Políticas Públicas para Mulheres. Na Fundação Cultural, sua retirada foi atribuída a insubordinação, e na Secretaria da Pessoa Idosa, segundo a Prefeitura, houve reclamações formais registradas na Ouvidoria por parte de servidores e idosos, que teriam relatado “postura agressiva e inadequada” no ambiente de trabalho.

- CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE -

A gestão municipal conclui a nota reiterando que cargos comissionados devem ser ocupados por pessoas “com ética, equilíbrio, compromisso e conduta compatível com o serviço público, sempre em benefício da população”.

Kauan rebate: “nota caluniosa e difamatória”

Procurado para comentar o posicionamento da Prefeitura, Kauan Quadros afirmou que recebeu a nota com repúdio e classificou o conteúdo como “calunioso e difamatório”. Em declaração enviada à reportagem, ele disse que a gestão municipal estaria tentando criar uma narrativa para justificar uma perseguição política previamente articulada:

“Minha participação na gestão foi apenas o que eu chamo de ‘oportunidade disfarçada de boas intenções’ da Juliana e cia. Me colocaram em diversas secretarias e cargos para alegar que me deram chances, porém o profissional (no caso eu) não soube aproveitar.”

Kauan ainda afirmou que o chefe da Casa Civil, Leandro “Índio” da Silva, foi o principal articulador de uma campanha de desgaste interno contra ele. Segundo o ex-servidor, Índio teria implantado situações desfavoráveis dentro das secretarias para que sua exoneração fosse justificada mais adiante.

“O Chefe da Casa Civil ‘Índio’ já estava implantando situações no meu cotidiano dentro das secretarias para que hoje o discurso da nota fosse esse. Me perseguiu, me coagiu e isso tudo já foi provado à sociedade através das minhas redes sociais.”

Sobre o processo administrativo, Kauan alega não ter conhecimento dos fundamentos concretos e diz nunca ter sido oficialmente informado dos detalhes. Segundo ele, sua gestão na abordagem social teria gerado desconforto entre os servidores por tentar disciplinar os horários das equipes:

“Providenciei o ponto eletrônico para evitar atrasos de mais de duas horas no início das atividades de abordagem. Isso desagradou muitos e, de lá pra cá, fui sendo isolado.”

Sobre a acusação de desrespeito à diretora de políticas para mulheres, ele respondeu:

“Digo a vocês com toda certeza do mundo que, se eu fosse heterossexual, sabe lá o que inventariam para me incriminar.”

Kauan também criticou o silêncio do restante do governo diante do que classifica como “uma cortina de fumaça para confundir a sociedade” e conclui que a situação em que se viu envolvido é resultado de uma gestão irresponsável:

“O chefe da Casa Civil está envolvendo muitos nomes em um problema que ele mesmo criou, e agora está empurrando para aliados no governo para fugir da responsabilidade.”

Click CamboriúPolíticaPrefeitura justifica exoneração de Kauan Quadros; ex-servidor rebate e acusa perseguição
PUBLICIDADE

Últimas notícias